12 de abr. de 2007

quando acaba o amor

Dia desses passei por um casal que se beijava debaixo de chuva.
Lembro de ouvir a menina gritar:
“Vai acabar com minha escova ...vamos sair daqui, rápido!”
Nessa hora, cheguei a conclusão: o amor está sumindo do mundo.
Exagero meu? Não. Está sumindo mesmo.
Responda rápido:
Qual foi a última vez que você se deitou com alguém na grama para ver o céu?
Aposto que faz um tempão.
Das duas, uma. Ou a menina reclama que a grama tá pinicando as costas ou vem um guarda dizer que é proibido deitar ali.
Pra piorar tudo, os poetas estão morrendo. E no lugar deles estão nascendo DJ´s.Tenho medo, medo mesmo.
Uma sensação estranha de que não surgirão mais “Chicos Buarques”, “Vinícius de Moraes”, nem outro “Elvis” para escrever “Take my hands, take my whole life too” ou muito menos um Balão Mágico para cantar “Se enamora, a gente de repente se enamora e sente que o amor chegou na hora e agora gosto muito de você.”
Mas se você me perguntar qual a solução pra isso, eu te digo de imediato:
Não sei.
Talvez fundar uma ONG, talvez escrever um livro.
O que sei é que sou apaixonado por essas coisas de amor faz muito tempo.
Se é que pode isso.
Lembro de quando tinha quinze anos e me apaixonava loucamente por qualquer menina com quem conversasse por mais de vinte minutos.
Era coisa de adolescente eu sei, mas que não deixa de ser uma coisa bonita.
Nunca comecei um namoro sem achar que aquela era a mulher da minha vida. E olha que nessa época meu ideal de mulher era a Cameron Diaz deitada num tapete de lã branco usando apenas uma camiseta regata e uma calcinha de algodão.