24 de abr. de 2007

diário de viagem - parte I

O blog voltou de férias. E como a minha professora da sétima série, a Tia Tereza, sempre costumava gritar: é hora da redação! Nos dois próximos textos, você vai encontrar algumas observações dissimuladas e desconexas que ocuparam minha cabeça durante esses 28 dias de viagem. Lá vai.

Duas constatações importantes sobre a Europa: existem mais japoneses do que europeus naquele continente. E mais iPods do que gente para escuta-los.

Chega uma hora que você se cansa de dizer que Maradona não é brasileiro e acaba concordando com essa porra mesmo.

É engraçado, mas toda francesa que via, eu jurava que era a Amelie Poulin.

O cuidado que os Europeus têm com seus filhos é algo desumano. Vi bebês sendo carregados quase que em sacos de supermercados. Se eu nascesse na Europa ia querer ser um cachorro. Esses sim são muito bem tratados.

Os ingleses gostam tanto de cumprir regras, que se eu colocasse uma placa de “Pare” no meio da calçada tenho certeza que se formaria uma fila enorme, mesmo que ninguém soubesse por que estava parando.

Diferença entre brasileiras e francesas: as primeiras caminham como nenhuma outra do mundo, as segundas param como nenhuma outra do planeta. Parecem que elas estão sempre naquela pontinha da passarela.

O engraçado de conhecer brasileiros numa viagem como essa é que mesmo você morando em Recife e o cara em Ribeirão Preto vocês conversam como se fossem amigos de infância.

Na Europa, até a mendicância é globalizada. Eu mesmo dei um Euro pra uma menina da Bósnia que tinha perdido os pais na guerra e comprei o jornal de um grupo de adolescentes que estavam iniciando uma campanha contra Chirac. Se era verdade? Bom, quem se importa? Só sei que me senti o máximo colaborando com causas tão grandiosas assim.

Ir para Veneza sozinho é como ir para a Disney com a perna quebrada.