24 de abr. de 2007

diário de viagem - parte II

O alemão é a língua mais grosseira do mundo. É praticamente impossível distinguir se um casal está brigando ou se estão trocando juras de amor. Nem Vinícius de Moraes conseguiria sobreviver a uma tradução em alemão.

O pior é que toda essa grosseria também acontece na língua escrita. Praticamente todas as frases levam uma exclamação. É gritaria demais. Minha maior vontade era passar numa locadora. Tinha certeza que encontraria títulos do tipo “Simplesmente Amor!”, “E o vento levou!!” ou “O silêncio dos inocentes!!!”.

Lembra daquela parte que dizia que as francesas paravam como ninguém? Também serve para as italianas. Só que com um adicional, elas param embaixo de um guarda-chuva como nenhuma outra do planeta.

Regra número1: Seja sempre o segundo. Mais ainda: observe sempre o primeiro. Assim você não passa vergonha na hora de usar a torneira, colocar o ticket do metrô ou descobrir a entrada do ônibus.

O maior problema de viajar sozinho é que todas as suas fotos são da cintura pra cima.

E por falar em foto, vejam só que interessante. Durante todo esse tempo, percorri os locais mais visitados do mundo e, de propósito ou sem querer, acabei passando na frente de milhares de câmeras fotográficas. Sejam de japoneses, italianos, tailandeses, americanos e por aí vai. Onde eu quero chegar? Fácil. Quero apenas dizer que nesse momento deve haver uma foto minha, ou pelo menos de uma parte do meu corpo, em praticamente todos os cantos do planeta.

Conclusão geral: vá para a Europa, mesmo sabendo que a Mc Donald’s de lá tem a péssima mania de cobrar pelo catchup.